terça-feira, 25 de setembro de 2007

NOVO PROCESSO CONTRA RENAN EM VOTO ABERTO??

A ministra Cármen Lúcia, do STF (Supremo Tribunal Federal), indeferiu nesta nesta terça-feira o mandado de segurança impetrado pelo senador Almeida Lima (PMDB-SE), no qual ele pedia que as votações dos processos por quebra de decoro contra o senador Renan Calheiros (PMDB-AL) no Conselho de Ética do Senado fossem secretas.

Um comentário:

Nascimentoctba disse...

Isolado, Renan ameaça Lula e os colegas de Senado
Por Josias de Sousa
(Folha de S. Paulo)

Renan Calheiros considera-se abandonado pelos aliados. Queixa-se de todos, inclusive de Lula e de seu próprio partido. Nas últimas 48 horas, passou a utilizar, entre quatro paredes, uma arma que destoa da frieza que exibe em suas aparições públicas: a ameaça. Disse claramente a um grupo de interlocutores que, se lhe der na telha, pode criar "uma crise institucional". Declara-se inclusive disposto a prejudicar Lula e seu governo.

Num instante em que a hipótese de perda de mandato já não parece tão improvável, Renan diz, em privado, que, se cair, não irá ao chão sozinho. Afirma que arrastará consigo outros senadores. Chega mesmo a difundir, em timbre inamistoso, a informação de que não hesitará em revelar segredos de alcova dos colegas. Diz que sua privacidade foi invadida sem constrangimentos. E não se julga na obrigação de guardar as confidências alheias.
Na noite de terça-feira (19), dois senadores do PT tentaram convencer Renan a desistir de votar no Conselho de Ética o relatório que sugeria o arquivamento do processo contra ele.

Embora informado acerca do risco de derrota, o presidente do Senado bateu o pé. Queria uma definição. Afirmou que, se o conselho não encerrasse o episódio, ele passaria a considerar a hipótese de provocar uma crise, envenenando o cotidiano do Legislativo.
As pessoas que privam da intimidade de Renan acham que ele começou a exibir sinais de desespero. Oscila momentos de excitação a instantes de ira. Não raro, investe contra Lula. Renan considera-se credor do Planalto. Diz ter agido no Legislativo para preservar Lula na crise que se seguiu ao escândalo do mensalão, em 2005. E acha que, agora, no momento em que mais precisa de ajuda, o governo lavou as mãos.